
Dom José Antonio Peruzzo
Caríssimo Padre,
Está presente em nosso calendário arquidiocesano a Assembleia dos Presbíteros. Seria para os dias 20-22 de outubro. Após ouvir alguns padres, e avaliando melhor a situação da pandemia, parece prudente que não a realizemos nas atuais circunstâncias. Seria inevitável a aglomeração, além do que seria em em lugar fechado. Por isso mesmo, embora a disseminação do vírus COVID-19 esteja em curva declinante – graças a Deus – ainda estamos distantes de poder dar concessões aos riscos…
Aproveito este mesmo escrito para algumas orientações concernentes à Campanha Eleitoral, acerca da qual já encontramos as primeiras manifestações. Fundamentalmente não há nada de diverso das eleições anteriores. Por agora recordo alguns quesitos que se apresentam com maior imediatez:
a) Não estão autorizadas as cessões de espaços ou edificações das comunidades (templos, centros comunitários, pátios) para propagandear candidatos ou partidos.
b) Membros das comunidades ou movimentos eclesiais que se candidataram deverão se licenciar temporariamente de eventuais funções de serviços à comunidade ou movimento (Ministro da Comunhão, Catequistas, membros de CAEPs CPPs, etc). Vale o mesmo para os casos de “Coordenadores de Campanha”. Todavia, nas situações de “cabos eleitorais” com papel de liderança na vida comunitária, mas que assumiram a causa política como “trabalho/emprego” em tempos de grandes dificuldades, é recomendável avaliar antes a situação junto com seu pároco.
c) Se algum padre quiser promover algum debate entre os políticos com presença no bairro e/ou paróquia ou no setor, por favor queira buscar orientações junto ao setor jurídico da Cúria para que o mesmo se realize dentro dos balizamentos legais.
d) Não se recomenda que presbíteros usem as páginas das redes sociais nas quais estão inscritos (facebook, instagram, twiter…) para promover ou defender candidatos e candidaturas. Em tempos de eleição a publicação das escolhas políticas dos ministros ordenados suscita muitas divisões, com prejuízo para a vida eclesial.
Deixo-lhes um grande abraço.
Dom José Antonio Peruzzo