Venerável Simão Srugi

SRUGIInício do Processo:11 – 5 – 1964 
Venerável: 2 – 4 – 1993

Simão Srugi nasceu em Nazaré no dia 27 de junho de 1877, último de dez filhos. Com apenas três anos, em poucos meses, perdeu o pai e a mãe, e foi confiado à avó. Em 1888 entrou no orfanato católico de Belém, dirigido pelo P. Belloni. Este padre muito afinado com Dom Bosco, sob conselho do Papa, tornou-se salesiano em 1891, entregando suas obras à Congregação. 

Simão viu-se tão bem ali que, aos 16 anos, pediu para ser salesiano. Foi enviado ao Oratório e Escola Agrícola de Beit Gemàl, aonde completou os estudos e fez o noviciado consagrando-se salesiano coadjutor. Ali passará toda a sua vida, trabalhando incansavelmente por cinqüenta anos. 

Desenvolveu muitas atividades e com muito amor! É o mestre de escola de muitos pequenos muçulmanos que o chamam de “Mu’allem Srugi”, e que dizem dele: “É bom como uma taça de mel”. Trabalha como moleiro, e os agricultores de toda a região levam-lhe o trigo para moer; dirige todo o movimento com justiça e serenidade.

É enfermeiro. E como não há medico na região, os doentes de umas cinqüenta aldeias acorrerem a ele, quase sempre gente pobre. É como o bom samaritano narrado por Jesus: tem piedade por todos os desventurados, limpa-os, cura-os, trata-os com delicadeza falando-lhes de Jesus e de Maria. 

Os doentes dizem: “Os outros médicos não têm as mãos abençoadas do senhor Srugi, suas mãos têm o poder e a doçura de Alá”. É tão gentil e delicado que os muçulmanos afirmam: “Depois de Alá, existe Srugi”. Dom Bosco queria que seus coadjutores estivessem com o povo e que a ele levassem o evangelho através da ação e da oração. Às vezes, muitos vêm para que ele lhes imponha as mãos, as mães apresentam-lhe suas crianças para que as abençoe. Vai-se a ele porque em alguma aldeia estourou uma briga: ele se faz de árbitro e de agente de paz. Todos sentem que Srugi comunica-se com Deus seriamente. 

Nutre-se de Eucaristia e de Evangelho. O tempo livre é passado diante do Santíssimo. Quanto, em 1908, o P. Rua visitou a casa de Beit Gemàl, disse: “Acompanhem-no bem, registrem suas palavras e suas ações, porque se trata de um santo”. 

Morreu consumado pelo trabalho e pela malária no dia 27 de novembro de 1943, aos 66 anos. Os funerais foram uma apoteose. O seu humilde caixão repousa em Beitgemal junto à tumba gloriosa de Santo Estevão. Foi declarado venerável no dia 2 de abril de 1993.