Muita gente certamente já ouviu falar do velho mito grego da fênix, a ave imortal que renasce das próprias cinzas, mas o que este mito tem a ver com a gente?
Para nós cristãos católicos começou hoje a quaresma na celebração de quarta-feira de cinzas que também marca o início da campanha da fraternidade, mas será que todos sabem qual o significado das cinzas?
Se você imaginou que tenha a ver com o mito da fênix, não, não tem nada a ver, nesta celebração o padre marca a testa de cada celebrante com cinzas, deixando uma marca que o cristão normalmente deixa em sua testa por algum tempo, antes de lavá-la.
Estas cinzas que os cristãos católicos recebem neste dia é um símbolo para a reflexão sobre a conversão, a mudança de vida, recordando o quão passageira, efêmera e frágil é a vida humana, sujeita à morte. Alguns cristãos tratam a quarta-feira de cinzas como um dia para se lembrar da própria mortalidade.
Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Oriente Médio de jogar cinzas sobre a cabeça como símbolo de arrependimento perante Deus. No Catolicismo Romano é um dia de jejum e abstinência. E a fênix entra aonde? Bom a fênix segundo o mito grego quando morria, entrava em autocombustão e, passando algum tempo, renascia das próprias cinzas. No final de cada ciclo de vida, ela queimava-se numa pira funerária.
A fênix nos serve de inspiração, já que devemos neste tempo de quaresma encerrar um ciclo e morrer para o pecado e os desejos do mundo, é tempo de conversão e reflexão, uma “morte” do nosso antigo eu para que possamos ao fim da quaresma estarmos prontos para tal qual a ave mítica depois de algum tempo de morte, renascer destas cinzas que é nada mais que a nossa própria vida.
Texto: Luiz Henrique Santos