Crianças o futuro da nossa Igreja

          No futuro da nossa Igreja, qual a responsabilidade da família?

          Nem é preciso dizer que as crianças são o futuro das famílias, da sociedade e da própria Igreja. Portanto, se elas nascem, crescem sadias e forem bem educadas, teremos a garantia de muitas famílias bem constituídas e felizes.

O primeiro e mais importante componente formativo de uma boa criancaspersonalidade das crianças é o amor. E esse componente já deve estar muito presente no ato da concepção. Toda criança deveria ser concebida numa relação de profundo amor.

Bons casais que vivem e cultivam o amor fiel e indissolúvel são a garantia de famílias “ninhos de amor”. Famílias ninhos de amor são a garantia de filhos ajustados, realizados e felizes. Casais com filhos felizes são a certeza de uma sociedade melhor, mais feliz. Mas também é verdade que famílias católicas mais felizes são a garantia de uma igreja mais feliz e mais realizadora de sua missão de auxiliar as pessoas a viverem o núcleo central do Evangelho, que é o amor, já nesta vida, em preparação para uma vida divinamente feliz na eternidade. Família católica feliz é certeza de crianças e filhos felizes e de uma igreja muito melhor. É com essa compreensão que podemos afirmar que as crianças são o futuro da Igreja. Casais católicos esclarecidos procuram criar um clima religioso favorável em seu lar. Se o casal é religioso, se compreende a importância de Deus na vida dos filhos, e eles procuram levar um “Deus de amor” ao coração dos filhos, estes são evangelizados na “igreja doméstica” e passarão a integrar a comunidade católica. Essa participação levará os benefícios das riquezas espirituais da Igreja para esses filhos.

As crianças bem formadas num ninho de amor, e que recebem a herança da fé em família, fé fortificada pelo exemplo dos pais, terá a facilidade de crer num Deus de amor, e se relacionar com esse Deus, por meio das práticas de sua fé. E essas crianças, sim, são o futuro da Igreja. Se os pais não praticam, os filhos também deixam de praticar. Muitos desses pais fazem questão, mais por tradição do que por fé vivida, de que os filhos façam a Primeira Comunhão e a Crisma. Só que esses filhos após esses sacramentos não pisam mais na igreja, e tudo o que ouviram e aprenderam se dilui como “gelo ao sol”… não sobra nada. Estas crianças, estes filhos, não são nenhuma garantia de um futuro bom para a Igreja. Até pelo contrário.

Futuro para a Igreja só são os filhos de casais que tem uma fé esclarecida, uma religiosidade que envolve suas vidas, e que tem a responsabilidade de passar a herança da fé verdadeira para seus filhos, como sendo uma herança do mais alto valor. Por isso, a Igreja leva a sério a formação de boas famílias para que sejam “igrejas domésticas”. E também se empenha para dar a melhor formação religiosa para as crianças que consegue atingir com suas pastorais. Formando famílias “ninhos de amor” e “igrejas domésticas” a Igreja está dando a melhor contribuição para que a sociedade também seja muito melhor.

(Com base no texto do Pe. Alírio José Pedrini, scj)