GRUPO DE ORAÇÃO NOSSA SENHORA AUXILIADORA
O pecado é um obstáculo ao Plano de Deus, é falta contra a razão, a verdade, a consciência reta, o amor de Deus e ao próximo; fere a natureza do homem e ofende a solidariedade humana, tendo como característica mais profunda a falta de amor.
O pecado ergue-se contra o amor de Deus por nós e desvia dele os nossos corações. Assim como o pecado original, ele é uma desobediência, uma revolta contra Deus, pela vontade de nos tornarmos “como deuses”, conhecendo e determinando o bem e o mal. O pecado é, pois, “amor de si mesmo até o desprezo de Deus”. O pecado é diametralmente contrário à obediência de Jesus, que realiza a salvação.
O pecado é uma atitude de desamor a Deus, aos irmãos e ao mundo. Por ele, o homem coloca a criatura no lugar do Criador; erige altares para adoração do egoísmo, do poder, do dinheiro, do prazer. O ter toma o lugar do ser.
O homem, feito para ser o administrador das coisas criadas, torna-se escravo delas, dos prazeres, do comodismo, influenciando negativamente as estruturas econômicas, políticas e sociais da comunidade humana, que por sua vez, geram a miséria, a marginalização, a violência e a discriminação.
O homem pode dizer “sim” a Deus, vivendo na Graça, que é a vida com Deus. O pecado, pelo contrário, é o “não”, é a vida sem Deus. Nesse caso, instala-se a morte da vida divina na vida do homem, ao rompermos a comunhão com Deus e com os irmãos.
O maior problema surge no momento em que o pecado já não acontece como um ato isolado, mas se torna atitude constante e consciente. Isso se chama “vida de pecado”. Trata-se de uma opção fundamental de vida, na qual a pessoa assume o ser pecadora. É o que se poderia chamar de “pecado mortal”: a pessoa nele permanece conscientemente. Diferente de outra que, mesmo estando em falta grave, arrepende-se e refaz sua comunhão com Deus e com a comunidade.
Destaco, ainda, o pecado do “fazer” e do “não fazer”. No primeiro caso é o fazer errado, ou fazer o que não se deve fazer. No segundo, é não fazer o que deve ser feito. É o pecado da omissão, responsável, em grande parte, pelas estruturas pecaminosas, injustas, iníquas. É o contratestemunho de quem se omite que cria o “clima” para que vicejem atitudes que confirmam as estruturas iníquas. Por isso a Igreja insiste na ação transformadora dos cristãos: ir às raízes, às causas estruturais do mal.
(Com base no texto do Pe. Francisco Sehnem, csj)
O Grupo de Oração se reúne todas às quartas-feiras (20:00horas) na sala de reuniões da Paróquia.
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