2. Ajoelhar-se ou ficar em pé no momento da consagração?
“Ao nome de Jesus, se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra” (Fl 2,10).
Diz o texto oficial da Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário da CNBB a respeito dos gestos e posições do corpo durante as celebrações (tanto do sacerdote, do diácono, dos ministros, como do povo): “Ajoelhem-se, porém, durante a consagração, a não ser que, por motivo de saúde, ou falta de espaço ou o grande número de presentes ou outras causas razoáveis não o permitam. Contudo, aqueles que não se ajoelham na consagração, façam inclinação profunda enquanto o sacerdote faz genuflexão após a consagração… Cuide-se, contudo, que correspondam ao sentido e à índole de cada parte da celebração. Onde for costume o povo permanecer de joelhos do fim da aclamação do Santo até ao final da Oração eucarística e antes da comunhão quando o sacerdote diz Eis o cordeiro de Deus, é louvável que ele seja mantido. Para se obter a uniformidade nos gestos e posições do corpo numa mesma celebração, obedeçam os fiéis aos avisos dados pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote de acordo com o que vem estabelecido no Missal.” (IGMR, n. 43).
Este texto da Instrução geral tem em conta diversas situações.
Primeiro caso: se os fiéis não estiverem doentes, a posição correta é de pé, do princípio ao fim da Oração eucarística, exceto durante a consagração, que é de joelhos. Este é o caso normal e habitual. É bom não o esquecer. Os casos que se seguem é que são exceção à regra.
Segundo caso: se os fiéis estiverem doentes, ou tiverem dificuldade em ajoelhar por causas físicas (dificuldade em dobrar os joelhos, câimbras nas pernas logo que se ajoelham, etc.) ou por causas exteriores a si próprios (multidão, estreiteza do lugar, solo molhado, terra com pó, pedras ou areias debaixo dos joelhos, etc.), ficam sempre de pé, do princípio ao fim da Oração eucarística, mas neste caso, durante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote faz a genuflexão após a consagração.
Terceiro caso: se em determinada terra, país ou região se tiver mantido, como opção de toda a assembleia e com o acordo do seu pastor (e não apenas como decisão privada de algumas pessoas da assembleia), o costume antigo (que era lei geral antes da reforma litúrgica) de permanecer de joelhos desde o fim da aclamação do Santo até ao final da Oração eucarística, é louvável manter tal costume, mas atenção, porque louvável não quer dizer obrigatório para ninguém. É louvável mas não é obrigatório.
Quarto caso: se em determinados dias e circunstâncias o presidente, o diácono ou outra pessoa disso encarregada, derem determinadas indicações para se conseguir a uniformidade dos gestos e posições do corpo por parte de toda a assembleia, os fiéis devem obedecer com serenidade e paz interior.
