Primeira Profissão Religiosa – 31/01/2017.

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Há poucos dias da primeira profissão religiosa, nove jovens se preparam, após encerrar um ano de uma rica e intensa experiência vocacional na Congregação Salesiana.

Os Salesianos de Dom Bosco são homens que consagram suas vidas a serviço da Igreja, dedicando-se de modo especial à evangelização da juventude.

Esta Congregação fora fundada por São João Bosco, um padre italiano do século XIX, com o intuito de tirar os jovens das ruas e dar-lhes uma oportunidade de vida e de encontro com Jesus. Passados muitos anos, o carisma de Dom Bosco permanece vivo em todo mundo, fazendo-se presente em 132 nações. A intensidade deste carisma é tanta que muitos jovens se decidem por entregar-se, com toda a sua vida, para levar os sonhos do Pai e Mestre da juventude a diante.

Na cidade de Curitiba este sonho está presente em duas comunidades que, de diversas formas, dão a Igreja de Cristo um rosto jovem. Em uma dessas comunidades está o Noviciado Salesiano Imaculada Conceição, no bairro Lindóia, na região da Paróquia Menino Jesus de Praga.

O Noviciado é a etapa da formação dos jovens que decidem seguir este caminho de consagração que precede seus primeiros compromissos públicos de viver como religiosos, assumindo os votos de pobreza, castidade e obediência.

Encerrando esse processo estão os jovens: Ademilson Gonçalves, 24, São José dos Campos – SP; Diogo Daniel, 21, Campinas – SP; Eduardo Willian, 22, Piquete – SP; Gabriel Ferreira, 20, Areia Branca – RN; Guilherme Freitas, 24, São José dos Campos – SP; José Henrique, 22, Joinville – SC; Pedro Xavier, 23, Surubim – PE; Victor Bruno, 25, São José dos Campos – SP e Wellington Martins, 25, Juazeiro do Norte – CE.

O cume do Noviciado é a primeira profissão religiosa, que neste ano acontecerá dia 31 de janeiro, às 19h, na Paróquia Menino Jesus de Praga, no bairro Lindóia em Curitiba. Para esta celebração reúnem-se muitos salesianos, bem como familiares e amigos dos jovens que professarão.

Após consagrarem-se, os jovens seguem a formação, iniciando o pós-noviciado, na cidade de Lorena, na região do Vale do Paraíba, interior do estado de São Paulo. Nesta fase dedicam-se aos estudos da filosofia, além das atividades pastorais e comunitárias.

Nossos jovens são sedentos da busca pelo sentido de suas vidas, é preciso que cada um de nós sintamo-nos responsáveis em ajudá-los nessa missão. Dom Bosco dizia que: todos os jovens tem um ponto acessível ao bem. Reparemos, ele disse TODOS.

Rezemos por esses jovens que dentro de alguns dias farão sua consagração religiosa, além das orações, acompanhemo-los em sua caminhada vocacional, pois um bom e santo religioso, só se torna bom e santo quando em contato com o povo de Deus.

VISITA EXTRAORDINÁRIA DO PADRE NATALE VITALI NO INSTITUTO SALESIANO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – ISAS (PARÓQUIA SÃO CRISTÓVÃO).

Pe.-Natale-Vitale-Presidente-da-CISBrasilPadre Natale, Conselheiro Geral para o Cone Sul e representante do Reitor-mor dos Salesianos, entre os dias 08 a 12 de abril, esteve visitando as presenças Salesianas no bairro Guaíra, em Curitiba.

A visita teve início com a conversa entre o Padre Natale e os Salesianos do ISAS.

No dia 09 (sábado) em uma caminhada matinal pelo pátio, acompanhado dos Padres Juarez Testoni (Diretor do ISAS e Pároco da Paróquia São Cristóvão) e Adriano Cemin (Vigário Paroquial) o Padre Natale, evidenciou alguns trabalhos realizados na paróquia. Visitou a sala da Infância Missionária, onde estava acontecendo o encontro semanal, conversou com a assessora Nara e com os pequenos missionários, deu o seu testemunho como missionário e parabenizou o trabalho e a presença das crianças, bem como de algumas mães que acompanhavam seus filhos. Em seguida conversou com algumas lideranças juvenis, catequistas e catequisandos. Por volta das 10h00, aconteceu um encontro com o Padre Natale no interior da Paróquia São Cristóvão, onde ele falou sobre o motivo de sua visita, sua experiência como missionário e, destacou a importância e participação das crianças, adolescentes e jovens na igreja, mencionando que: uma casa salesiana sem a presença de jovens, não pode ser considerada uma casa salesiana”.

No dia 10 (domingo), as 10h00, Padre Natale presidiu a Celebração Eucarística na qual 47 adolescentes e uma jovem, receberam o Sacramento da Primeira Eucaristia. Durante a homilia. Padre Natale, ressaltou que ele recebeu a Primeira Eucaristia com 20 anos de idade, mesmo sua mãe sendo muito católica, tinha seu pai como ateu, o que dificultou muito a sua caminhada de iniciação cristã. Também falou aos adolescentes para perseverarem na caminhada de Igreja e não fazer da Primeira Eucaristia a última.

No dia 11 (segunda-feira), à noite aconteceu o encontro do Padre Natale com lideranças e alguns paroquianos colaboradores para uma troca de informações. Iniciou-se a reunião com a projeção do  vídeo narrando a história do Bicentenário de Dom Bosco. Na sequencia, após uma breve explanação sobre o filme, Padre Natale pediu para que cada um dos presentes contasse um pouquinho de seu trabalho realizado na comunidade. Após as apresentações foi a vez dele nos relator o motivo da visita bem como as orientações e diretrizes para o trabalho na comunidade. Três são as diretrizes/critérios do Reitor-Mor para serem implementadas nas comunidades: 1) Trabalhar Juntos – a paróquia e a obra social devem trabalhar juntas, somar forças (leigos e salesianos). Temos que seguir as diretrizes da Arquidiocese e também da Inspetoria Salesiana. O trabalho atual é muito bonito, mas precisamos melhorar ainda mais. 2) Três elementos para sermos Salesianos:  a) Infância Missionária (etapa antes da catequese); b) Catequese – primeira eucaristia e crisma – trabalho com os adolescentes e jovens pela busca da perseverança na igreja, oferecendo mais atrativos, sendo uma paróquia criativa (música, teatro, grupos de interesse); parceria com o CAS. c) Igreja Missionária: “Ser uma igreja de saída”, conhecer os paroquianos, visitar famílias, catequese familiar, resgatar os afastados. 3) Formação dos Leigos: conhecer os documentos atuais da Igreja; os grupos funcionam bem se tiver formação adequada humana, cristã e salesiana); formação bíblica. Encerrado o encontro com a oração e bênção conduzida pelo Padre Natale, seguida de uma bela confraternização no salão paroquial.

 Colaboração:
José Carlos Chiuratto

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6º Show de Talentos – 26/09/2015

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No sábado, dia 26 de setembro, o Serviço de Animação Vocacional – SAV, promoveu mais um Show de Talentos. Novamente, com as Graças de Deus, vivenciamos momentos de alegria, descontração e emoção.

Apresentações de dança, canto, musical e teatro, muito bem executadas pelos nossos talentos, mexendo com o público presente. Foram crianças, adolescentes, jovens e adultos partilhando um pouquinho de seu talento com o público presente, que prestigiou o evento e novamente lotou as dependências do Teatro do ISAS. Contamos também com a presença do Padre Adriano, pároco da São Cristóvão e do Padre Sigmundo, que mesmo com suas limitações fez questão de prestigiar o evento, fazendo o seguinte comentário: “hoje tem um santo muito feliz no céu: Dom Bosco. Isto é obra dele”.

A Animação ficou a cargo dos noviços do Noviciado Salesiano Imaculada Conceição: Bruno, Leandro Francisco, Leandro Procópio e Rivaldo, que abrilhantaram ainda mais o evento e nos brindaram com uma peça teatral muito bonita e oportuna para o público presente.

Foi uma tarde maravilhosa e para coroar o encontro encerramos com as orações conduzidas pelos Noviços. Aproveitamos o espaço para agradecer a todos, que de alguma forma colaboraram para o sucesso do evento, ao Pe Álvaro e também ao Irmão Aroldo que nos cederam o espaço para que pudéssemos realizar mais este evento. Que Deus abençoe a todos, principalmente os nossos talentosos artistas.

 Colaboração: José Carlos

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Colle Don Bosco – 16 agosto 2015 – SYM Don Bosco 2015

Comemoração do Bicentenário em outras presenças Salesianas

Neste Domingo dia 16/08/2015 , o dia do Bicentenário do nascimento de São João Bosco houve muita festa em todas as presenças Salesianas espalhadas pelo mundo e muitos jovens declarando “querer ficar com Dom Bosco, querer ser como Dom Bosco”. O carisma de Dom Bosco nunca esteve mais vivo e foi sentido e celebrado nestas diversas comemorações pelo mundo. Hoje foi o dia de afirmar que Dom Bosco vive nos sonhos e esperanças de todo jovem que se deixa amar por ele. 

Selecionamos algumas fotos destas comemorações aqui no Sul do País. Veja como foram algumas das comemorações promovidas pela Inspetoria São Pio X, na região sul, nas cidades de Porto Alegre/RS, Itajaí/SC e Rio do Sul/SC.

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Itajaí estima receber aproximadamente 2 mil pessoas para comemoração do bicentenário de Dom Bosco

Encerramento da Semana da Família 2015.

Durante esta semana que passou,  a Pastoral Familiar da nossa Arquidiocese de Curitiba realizou uma programação especial com reflexões que coloca a família no centro da missão e da vida da própria Igreja e de toda a sociedade.

E neste domingo (16/08) pela manhã, a Pastoral Familiar, especificamente do Setor Portão, promoveu a Caminhada das Famílias, reunindo fiéis das paroquias do Portão,  Sagrada Família e São Jorge dentre outras, que saindo do ponto de concentração,  se dirigiram à nossa comunidade (São Cristóvão) onde foram recebidos para a celebração da missa às 10:00hs.

Juntos, celebraram a Assunção de Nossa Senhora – Mãe de Deus, a Família e o Bicentenário de São João Bosco. Uma grande e emocionante festa e manifestação cristã compartilhada entre os paroquianos visitantes e os locais.

Pe. Valter, Paróquia Sagrada Família, fala à comunidade:

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Comemoração do Bicentenário de Dom Bosco em Guarapuava/Pr

Alguns jovens  representando todos os grupos da AJS  da comunidade paroquial, paroquianos de todas as idades e educadores do ISAS seguiram na madrugada deste domingo (16/08) para a cidade de Guarapuava/Pr, afim de participar das comemorações do Bicentenário de São João Bosco junto às outras presenças salesianas no estado do Paraná.

Antes da partida, participaram de missa do sábado, quando receberam as bençãos de envio para esta viagem. Nesta ocasião os presentes comoraram o bicentenário, lembrando de Dom Bosco na homilia e cantando musicas em sua homenagem.

A seguir, veja as fotos conforme são enviadas pelos viajantes:

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Quadrinha – Dom Bosco hoje!

Eu quero ser igual a Dom Bosco
para ensinar aos jovens
a maneira mais fácil e pura
de ter uma vida segura (de seguir Jesus)

E tenho certeza que posso
pois Dom Bosco era como eu
ele era feito de ossos
para Jesus ele não morreu.

Não sei se ele sonhou de noite
não sei se ele sonhou de dia.
Só sei que neste sonho
ele sonhou com Maria.

E no sonho Maria mostrava
como ele tinha que lidar
mas não era com socos e pontapés
ele tinha era que amar.

E os jovens de hoje em dia
não são diferentes de outrora.
Trate seus jovens com amor
se não os jovens vão embora.

Precisa ser como Dom Bosco
e aprender seu carisma
e segurar estes jovens
depois que fazem o crisma.

Autoria: Marquinhos (José Marcos Chagas – Sav/Mesc/MI)

A VIDA DE DOM BOSCO I – Um sonho profético – Maio de 1825

A VIDA DE DOM BOSCO I – Um sonho profético – Maio de 1825

A história de Dom Bosco começa menos de dois meses após a batalha de Waterloo, em Castelnuovo d’Asti, hoje Castelnuovo Don Bosco, um povoado perto de Turim, ao norte de uma Itália redesenhada de acordo com os caprichos dos vencedores de Napoleão.

João Melchior Bosco nasceu no dia 16 de agosto de 1815, na casa do arrendador Giacinto Biglione, no povoado Morialdo, localidade dos Becchi, município de Castelnuovo d’Asti, diocese de Turim. Era filho de Francisco Luis (1784-1817) e de Margarida Occhiena (1788-1856), casados em 6 de junho de 1812. A data de nascimento está fixada à pág. 145 do livro de batizados da paróquia Santo André, em Castelnuovo d’Asti. Foi batizado no dia 17 de agosto, sendo padrinho Melchior Bosco Occhiena e madrinha Madalena Bosco. A família, naquela data, além dos pais e do recém-nascido, completava-se com Antônio (1808-1849), filho do primeiro casamento de Francisco e José Luís, nascido em 1813. Com eles vivia também a avó paterna, Margarida Zucca (1752-1826).

Francisco tinha comprado em 17 ou 18 de fevereiro de 1817 uma modesta construção disposta de depósito de feno e estala, chamada em seguida de “casinha dos Becchi”, a “Belém salesiana”, porque considerada erroneamente como aquela em que nascera João Melchior. Francisco morreu em 11 de maio de 1817.

Em 1815 uma extraordinária carestia afligia o Piemonte.

Em dezembro de 1823 João aprende a soletrar com um camponês. Em 3 de novembro de 1824 vai para a escola em Capriglio com padre Lacqua. Em março de 1825 termina a escola em Capriglio e retoma-a por poucos meses em novembro.

Casa Biglione

Propriedade da família Biglione onde nasceu São João Bosco. Se encontrava naquele lugar que hoje é conhecido como a Colina Dom Bosco, situada entre o Instituto Bernardo Semeria e o Templo. ( M. MOLINERIS, “Dom Bosco Inédito”)

biglione

A noite chega calma e serena nas colinas e vales da Itália, onde vivem os modestos camponeses. Foi mais um dia da trabalho árduo. Mas para Joãozinho Bosco foi também um dia de brinquedos. Ele agora dorme um sono tranquilo, e sonha…

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Em seu sonho, percebe jovens que brincam alegres, correm, e alguns que se desentendem e falam palavrões. Joãozinho pede a eles que não briguem nem digam blasfêmias, mas não é atendido.

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Vendo que com palavras nada conseguia, pretendeu impor seu pensamento à base de socos e bofetões. E a briga foi generalizada!

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Em meio à pancadaria, um homem se aproxima de Joãozinho e lhe fala: -”Não será com pancadas que transformarás esses jovens em amigos. Trata-os com bondade! Mostra-lhes quão bela é a virtude e quão desprezível é o vício.”

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-”Quem é o Senhor, hein? Olha, moço não dá para fazer o que Ire pede, não! Eu nunca iria conseguir!”

-”Certamente o conseguirás com obediência e estudo. Para isso, tenho aqui a mais sábia das mestras: minha mãe!”

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Nossa Senhora pede a Joãozinho que olhe em volta e diga o que vê. Ele diz que pode ver lobos, ursos e outros animais ferozes. Quando Maria pede que ele se aproxime desses animais e tente domesticá-los, Joãozinho se nega terminantemente.

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De urna hora para a outra, então, todas aquelas feras transformaram-se em cordeirinhos. João Bosco não entende mais nada.

-”Eis tua missão: procura conduzir esses jovens ao bom caminho. Leva-os a Deus! Tudo compreenderás. Torna-te humilde, forte e corajoso.”

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A visão desaparece e Joãozinho acorda. Fica a imaginar quem seria aquele Senhor tão sábio e aquela senhora tão bondosa… Assim, decidiu contar aos outros da casa o que sonhou.

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João, na manhã seguinte, conta o sonho a seus familiares. As interpretações são as mais variadas. Seus irmãos, José acha que ele será pastor de ovelhas ou caçador, já que no sonho apareciam cordeiros e animais ferozes. Antonio que será chefe de bandidos. Sua avó afirma que em sonhos não se deve acreditar. Perguntando a opinião de sua mãe, ela responde:
-”Bem, filho, talvez você seja padre, algum dia!”

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-”Acho que mamãe tem razão. Se quero acabar com as desavenças; ser padre é uma boa ideia. Minha campanha vai começar agora: apresentarei números de mágica para que a turma se divirta. Isto servirá para mantê-los afastados das brigas!”

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E assim João Bosco vai divertindo seus amigos… Todos estão ali, com os olhos pregados nos números de mágica. Ao fim de cada apresentação ele ouve palmas e elogios!

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Mas em casa não é nada disso que espera por ele. Seu irmão, Antônio, zangado, avisa a Joãozinho que terá de trabalhar, se quiser comer. De nada adianta explicar sobre a necessidade daquela diversão.

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No dia seguinte, durante a oração com os amigos, Joãozinho mostra-se preocupado, e a todo instante olha para os lados de sua casa. Seus companheiros não entendem o que se passa.

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Mesmo assim, os truques e acrobacias têm prosseguimento. A turma toda delira com as habilidades de João!

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Passa o tempo e João Bosco vai crescendo. Agora, prepara-se para a primeira comunhão, orientado por mamãe Margarida, a quem ele pede que perdoe as faltas cometidas em casa. Na quaresma de 1827 Margarida envia João para a catequese paroquial.

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A partir daquele momento, a cada dia ele estava mais ligado à existência de Deus e às maravilhas da natureza. Algumas frases não lhe saíam da cabeça – “Mostra-lhes quão bela é a virtude”… – “Você vai ser pastor” – “Talvez você seja padre, algum dia.”

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Em casa, a situação não é boa. Antônio diz não ter mais paciência para aturar alguém que só quer estudar, sem se preocupar com o trabalho. Em fevereiro de 1828 João sai de casa para ser serviçal na casa dos Moglia, em Moncucco. Ficará ai até novembro de 1829.

Observando o filho que partia, mamãe Margarida o abençoa e faz uma prece, pedindo a Deus que o acompanhe, indicando o bem caminho.

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A conselho da mãe, João procura os Moglia. Conseguiu ser aceito como serviçal no campo com a condição de o deixarem ir à escola do pároco em Moncucco enquanto deixaria de bom grado o salário. Nas horas livres ia com o pároco Francisco Cottino (1768-1840), fazendo muito proveito e progresso.

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Em sua adolescência, Bosco conhece também o padre João Calosso. O encontro aconteceu em novembro de 1829, após um sermão, durante o período das Missões. João diz ao padre do seu interesse em conduzir os jovens ao caminho do bem. Satisfeito, Calosso recomenda que cultive esse pensamento e conte com ele para continuar os estudos.

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Dom Bosco escreveu nas Memórias do Oratório: Quando chegamos à altura do caminho onde era forçoso separar-nos, deixou-me com estas palavras:

– Coragem, Vou pensar em ti e em teus estudos. Vem ver-me domingo, com tua mãe, e combinaremos tudo.

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No domingo seguinte foi, de fato, com sua mãe, e ficou combinado que O padre Calosso daria diariamente uma aula e João empregaria o resto do dia trabalhando no campo, para contentar Antônio.

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” Coloquei-me logo nas mãos do P. Calosso. Abri-me inteiramente a ele. Fiquei sabendo Assim quanto vale um guia estável, um fiel amigo da alma, que até então não tivera”, afirma D. Bosco nas Memórias do Oratório. E continua: “O digno ministro de Deus me chamou um dia e me disse: Joãozinho, puseste em mim tua confiança, e não quero que isso seja inútil. Deixa, pois, esse irmão malvado, vem comigo e terás um pai amoroso. Comuniquei à mamãe o caridoso convite, e foi uma festa em casa. No mês de abril passei a conviver com o capelão, voltando para casa somente à noitinha para dormir. O P. Calosso tornou-se um ídolo para mim”.

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Chegou o dia, no entanto, em que o P. Calosso foi vencido pelo tempo. Em abril de 1830 o P. Calosso passou mal, sofreu um ataque apoplético.  Reconheceu-me, queria falar, mas já não podia articular palavra. Deu-me a chave do dinheiro, fazendo gestos como para indicar que não a Entregasse a ninguém. Morreu no dia 21 de novembro de 1830, com 75 anos. Eram 6.000 liras. Chegaram os herdeiros e entreguei-lhes a chave e tudo o mais.

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Com a perda do mestre e companheiro, João retoma à casa da mãe. Ele continua os estudos na escola municipal de Castelnuovo. São 20 quilômetros por dia, e é inverno. Muitas vezes vai de pés descalços, para economizar calçados. Em 1830, com a chegada de Antonio à maioridade, Margarida fez a divisão dos bens patrimoniais. A casa dos Becchi foi dividida, com Antonio numa parte e José, com a mãe e o irmão na outra. A avó morreu em 1826.

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Certa noite, o sonho dos 9 anos volta a se repetir, João revê Nossa Senhora e os cordeiros. Foi asperamente repreendido por ter colocado esperança nos homens e não na bondade do Pai do céu, devido ao fato de até ter ficado doente, depois da morte do P. Calosso. Ao acordar, se sentirá mais confiante e corajoso para prosseguir e dirigir seu rebanho.

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João sentia uma verdadeira atração pelos sacerdotes que conhecia. Numa festa da Igreja, ele conhece o seminarista Cafasso. Isso aconteceu no segundo domingo de outubro de 1830, festa da Maternidade de Maria Santíssima.

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–”Sou de Becchi, meu nome é João Bosco. O senhor aceita um convite para visitar a barraca das mágicas?” -”Obrigado, João. Meus espetáculos são as cerimônias da Igreja, sabe?”

–”Eu também gosto de Igreja, mas por enquanto vou dividindo o meu tempo e faço as duas coisas.”

-”Entendo .. Mas quando se é sacerdote, a gente se consagra por inteiro a Deus. As outras coisas ficam em segundo lugar!”

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João Bosco chegou a Chieri em 3 de novembro de 1831 para prosseguir estudando. Inicia os estudos de latinidade no “colégio” ou escola pública de Chieri em um ano, faz a sexta e quinta séries. Em 1832 inicia a quarta série completando-a com a terceira. Em 1833 inicia a segunda série ou ano de humanidades. Foi crismado em 4 de agosto de 1834.

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Na aula, tudo agora é contentamento. Com alguns colegas, João funda a “Sociedade da Alegria”, onde a obrigação de todo sócio é cumprir com alegria todos os deveres com Deus e com a escola.

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João já se considera um jovem responsável. Sente uma grande paixão pela juventude. Aprimora seus dotes artísticos e desportivos. Em todos os seus atos, Deus está presente.

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João fez amizade com um jovem judeu, chamado “Jonas”, Jacob Levi. (1816-1870). Contrariando seu pai, este jovem hebreu preferiu ser expulso do lar a deixar a amizade de Bosco.

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João o preparou para receber o batismo, realizado na catedral de Chieri, em 10 de agosto de 1834, mudando o nome e sobrenome para Luís Bolmida.

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Outro amigo especial de Bosco foi Luís Comollo. Era um garoto alegre, comportado, cumpridor de seus deveres.

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Devido ao seu temperamento pacífico, os outros se aproveitavam para provocá-lo e zombar dele.

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Um dia, estavam prestes a bater em Comollo. Quando apareceu João Bosco. Energicamente ele mandou que parassem logo com aquela covardia, batendo nos colegas. Ouvindo isso, os agressores se retiraram.

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A partir dai, Comollo e Bosco passam a cultivar uma grande amizade. Ambos têm em mente o mesmo ideal: entrar para o seminário! Dom Bosco escreveu nas Memórias do Oratório o que lhe disse Comollo: “Meu amigo, tua força me espanta; lembra-te, porém, que Deus não a deu para massacrar os colegas. Ele quer que nos amemos e perdoemos, que façamos o bem a quem nos faz o mal. Pus-me inteiramente em suas mãos, deixando-me guiar”.

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Em 1834 João pensava em entrar no Convento dos Franciscanos. Se inscreveu no convento de Santa Maria dos Anjos, em Turim. Porém teve um sonho, onde era dito que não deveria entrar no convento. Foi então se aconselhar com o P. Cafasso, em Turim. Seu conselheiro espiritual foi radical: aconselhou-o a continuar seus estudos e depois ingressar no seminário. Nada de ser frade! Deu a João coragem e otimismo, prometendo inclusive ajudá-lo materialmente.

Os amigos procuram João para dizer-lhe que todos estarão presentes no dia de sua entrada no seminário. A notícia o deixa muito satisfeito.

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Assim, aos vinte anos João Bosco veste o hábito eclesiástico, em 25 de outubro de 1835. Com a ajuda da mãe e dos amigos, conseguiu alcançar este grande dia. Mamãe Margarida era a mais alegre entre todos, e não cansava de agradecer a Deus e ao filho, por tamanha felicidade.

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“João, você vestiu o hábito de sacerdote. Sinto toda a consolação que uma mãe possa sentir. Lembre-se, porém, de que não é o hábito que o dignifica, mas a virtude. Se algum dia vier a duvidar de sua vocação, não desonre este hábito. Deixe-o imediatamente. Prefiro ter um filho pobre camponês a um sacerdote que descure seus deveres. Quando você nasceu, consagrei-o a Nossa Senhora. Quando começou os estudos, recomendei-lhe que amasse a essa nossa boa Mãe. Agora, recomendo que seja todo Seu”. Estas foram as palavras ditas por mamãe Margarida quando Dom Bosco entrou no Seminário.

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A VIDA DE DOM BOSCO II – O amigo dos jovens

A VIDA DE DOM BOSCO II – O amigo dos jovens

No dia 3 de novembro de 1835, João entrava no Seminário de Chieri. Tem início o biênio de estudos de filosofia. Ao entrar no seminário, leu a sentença que estava numa das paredes: “Para os tristes as hora passam lentamente; para os alegres, depressa”. Disse ao colega Gangliano: “eis ai nosso programa: vamos estar sempre alegres e o tempo passará depressa”. Perguntou ao professor, P. Francisco Ternavasio (1806-1886) o que deveria fazer para ser um bom seminarista. E a resposta veio lacônica: “Uma só coisa, o cumprimento exato do dever”.

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“Entreguei-me a vida recolhida e fiquei mesmo persuadido de que quem quer dar-se ao serviço do Senhor deve deixar inteiramente os divertimentos mundanos.”

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Os anos foram passando. Bosco e Luís Comollo continuavam grandes amigos. Muitas vezes deixavam o café da manhã para irem juntos à igreja S. Filipe comungar.

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Muitos jovens de Chieri chegavam para conversar com Bosco. Ele os reunia no salão do seminário, com disciplina e muita alegria.

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Também de Becchi e Castelnuovo os antigos colegas iam visitá-lo. Quando alguém, por brincadeira, dizia que não gostava de padre, João respondia: “Então não há problema, pois ainda não sou padre!” E a diversão era geral…

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Após a recreação, Bosco levava os amigos até a Igreja, para uma prece. Na hora da despedida, convidava-os para voltarem no domingo seguinte. Seu sonho parecia estar se realizando…

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Durante as férias, a casa de mamãe Margarida se transformava em escola de artes e ofícios: muita coisa para consertar e construir. João aprendia para mais tarde ensinar os jovens a ganhar o pão com o trabalho.

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-”Colegas, amanhã faremos uma revisão no programa de História Antiga. E depois de amanhã um exercício de redação. Preparem-se bem! Por hoje é só, boa sorte!”

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João empregava boa parte do tempo para estudar e refletir.

-”Foi neste prado que vi pela primeira vez meus ferozes cordeirinhos. Nesta árvore aqui amarrei a corda para o número de equilíbrio. Aqui, as exibições de equitação; lá, a estrada de Castelnuovo. O padre Calosso… Em 1837 D. Bosco inicia o quinquênio de estudos de teologia.

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No seminário, conheceu o padre João Borel, (1801-1873), pregador dos exercícios espirituais na primavera de 1838. D. Bosco descreve nas Memórias do Oratório o encontro com ele.

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Luis Comollo, o grande amigo de Bosco, é vitima de uma doença fatal. Ao ser consolado, ele diz que o mais importante não e ter uma longa vida, mas sim vontade de cumprir a vocação. Afirma também que logo terão notícias dele… Morreu no dia 2 de abril de 1839.

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Na noite de 3 ou 4 de abril, uma voz ressoa forte no dormitório dos seminaristas: “Bosco… Bosco! estou salvo!… “Era a voz de Comollo”. Bosco e Comollo tinham feito um pacto de que, quem morresse primeiro, iria dizer se estava salvou ao não.

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O episódio deixou todos apavorados. Bastante atordoado, Bosco teve de passar alguns dias na cama. Teve a ideia de ganhar um ano, estudando durante as férias.

Fez o pedido para o Arcebispo Fransoni que deu autorização. Assim poderia concluir o quinquênio teológico no ano letivo 1840-1841. Alegou como razão a idade: já tinha completado 24 anos.

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Foi ordenado subdiácono em 19 de setembro de 1840. No dia 29 de março de 1841 recebeu o diaconato.

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Preparou-se para a ordenação com os exercícios espirituais iniciados na casa da Missão em Turim, no dia 26 de maio de 1841. A pregação de conclusão foi sobre o tema: “o padre não vai sozinho para o céu, nem vai sozinho para o inferno”. Tomou algumas resoluções: fazer “passeios” só “por graves necessidades”, “ocupar rigorosamente o tempo”, sofrer tudo para “salvar almas”, temperança na comida e na bebida, muito trabalho e pouco repouso noturno, nenhum durante o dia. O quarto dizia: “A caridade e a doçura de São Francisco de Sales guiem-me em tudo”. O oitavo referia-se à vida de oração, o último à discrição no trato com as mulheres.

DB2  (20)

No dia 5 de junho de 1841, João Bosco foi ordenado padre na capela do Arcebispado, sendo ordenante D. Fransoni.

DB2  (21)

“Celebrei a primeira missa na igreja de S. Francisco de Assis, em Turim, assistido pelo P. Cafasso, meu insigne benfeitor e diretor. Esperavam-me ansiosamente no meu povoado, onde fazia muitos anos que não havia primeira missa. Mas preferi celebrá-la em Turim, sem barulho, no altar do Anjo da Guarda. Posso chamar aquele dia o mais belo da minha vida”.

DB2  (22)

Na quinta-feira seguinte, 10 de junho, dia de Corpus Domini, Dom Bosco cantou a missa na terra natal.

DB2  (23)

Naquela noite, Mamãe Margarida achou um momento para lhe falar a sós: “Joao, agora você é padre. Está mais perto de Jesus. Eu não li livros, mas lembre-se que começar a dizer Missa é começar a sofrer. Por enquanto, nem perceberá. Mas aos poucos, verá que sua mãe lhe disse a verdade. De agora em diante pense apenas na salvação das almas. E não se preocupe comigo.”

DB2  (24)

No dia 3 de novembro Dom Bosco, depois de consultar o P. Cafasso em vista da destinação, entra no Colégio Eclesiástico de Turim e é envolvido na catequese para jovens e adultos. Entretanto, de modo crescente, revelaram-se determinantes o impacto com a cidade de Turim…

DB2  (25)

E o envolvimento na sorte de uma juventude que no futuro Dom Bosco definiria como “pobre e abandonada”, “em perigo e perigosa”.

DB2  (26)

O P. Cafasso convidou Dom Bosco para ir visitar as prisões. Causou dor “ver um grande número de jovens, dos 12 aos 18 anos, todos sãos, robustos, de espírito vivaz, mas sem nada para fazer, picados de insetos, à míngua de pão espiritual e temporal, foi algo que me encheu de horror”, escreveu nas Memórias do Oratório.

DB2  (27)

Bosco percebe que as coisas ali estão erradas. “O que mais me impressionava, escreveu Dom Bosco, era que muitos ao sair de lá estavam decididos a levar uma vida melhor, diferente. Talvez só por medo da prisão. Mas, depois de pouco tempo, acabavam voltando”. “Esses rapazes precisariam ter lá fora um amigo que cuide deles, os assista, instrua, leve à igreja nos dias santos. Então não voltariam a prisão”.

DB2  (28)

Observando alguns jovens que se desentendem na rua, em meio a uma brincadeira, João pensa consigo: “Foi assim que começaram aqueles que estão atrás das grades.”

DB2  (29)

O tímido inicio desta realização acontece na manhã de 8 de dezembro de 1841. D. Bosco está para rezar a missa na igreja de S. Francisco. Um jovem está na sacristia. O sacristão pede para que ele ajude a missa. Este diz que não sabe. O sacristão o expulsa dali… e Dom Bosco o manda chamar… diz ao sacristão que aquele jovem é seu amigo.

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Conversando com o garoto, Bosco fica sabendo seu nome: Bartolomeu Garelli. Seus pais já morreram, e ele está só. João convida-o a conversarem após a missa.

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Durante a conversa, Garelli conta que ainda não sabe ler e nem fez a primeira comunhão. João o convida para vir ao menos uma vez ao catecismo, mas Garelli se sente inibido, pois é bem maior que os outros. Dom Bosco, após rezar uma Ave-Maria dá a primeira aula de catecismo para este jovem.

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Certamente não era a primeira vez que Dom Bosco ensinava catecismo. Contudo, uma emoção muito especial tomou conta dele. Uma semente muito fértil estava sendo lançada. E começou a germinar com muito vigor.

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Diz para que ele retorne e traga mais colegas. No domingo seguinte aparecem mais jovens.

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Com o tempo, o grupo foi crescendo. A sala de aulas particulares de catecismo já estava pequena demais.

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O padre Cafasso ofereceu a Dom Bosco o pátio do seminário para os jogos, depois da aula. A garotada se divertia, mas ao mesmo tempo perturbava o sossego dos moradores próximos.

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Os pátios Internos também já se tornavam pequenos, e todos passaram a reunir-se ao ar livre. Eram mais de 200, e Dom Bosco sabia o nome de cada um.

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Os jovens aprendiam de tudo: ler, escrever, soma, subtrair. Os mais velhos, garçons, varredores e biscateiros, invadiam as dependências de Dom Bosco para receberem alguma instrução. Nesta época Dom Bosco era capelão da Marquesa Barollo. Os jovens iam ao Refúgio, que era uma Obra destinada para meninas.

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“Dom Bosco, admiro muito seu trabalho, mas assim ficará esgotado. Deixe de lado os rapazes e venha se dedicar só as meninas de meu colégio. -”Sinto muito, senhora Marquesa. Esses jovens são muito importantes para mim, e estão necessitados. Eu fico com eles! “Lamento muito, mas tenho de lhe pedir que não use mais meu terreno para os seus garotos.”

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Naquela noite, D. Bosco viu novamente sua Mestra e Auxiliadora.

-”Não sei onde levá-los agora. São muitos, e ninguém nos suporta mais.”

-”Há um descampado em Valdocco, o lugar dos mártires de Turim. Leva-os para lá.”

Nossa Senhora mostra-lhe em sonho um esplêndido santuário em sua honra.

-”Esta é a minha casa. Este é o lugar da minha glória.”

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A VIDA DE DOM BOSCO III – Com a cara e a coragem

A VIDA DE DOM BOSCO III – Com a cara e a coragem

Dom Bosco inicia a procura do local indicado em sonho. Por enquanto, vai reunindo seus meninos ao ar livre. Fala com Miguel Rua, o jovem que seria seu braço direito e sucessor, propondo a ele urna sociedade: metade cada um, o que o rapaz não consegue entender.

DB3  (1)

No dia 25 de maio de 1845, o P. Tésio, capelão de São Pedro in Víncoli, onde havia um cemitério, convidou D. Bosco para celebrar a eucaristia. D. Bosco veio com os jovens. Depois da missa começaram a correr ruidosamente pelo pátio e pórticos. A criada do padre ficou apavorada, e, a seguir, enfurecida. Pôs-se a gritar, a perseguir, a agitar o cabo de vassoura, enquanto suas galinhas, assustadíssimas, fugiam perseguidas pelos meninos… Chegou até Dom Bosco, cobrindo-o de injúrias. Dom Bosco compreendeu que o melhor a fazer era deixar o local.

DB3  (2)

Os garotos preocupam-se com a situação, e D. Bosco os tranquiliza. -”Paciência, minha gente. Nossa Senhora nos ajudará, podem ter certeza. Um dia teremos pátios só para nós. Mas por enquanto o jeito é migrar.”

DB3  (3)

Na rua, as opiniões sobre D. Bosco e seus jovens são divididas. Uns não acreditam que um só padre possa controlar tantos moleques. Outros, sabem que os garotos são bem dirigidos, que vão à missa, rezam e comungam. E que também se divertem, como os demais.

DB3  (4)

Os comandados de Bosco já são agora 400. Todos o estimam muito, e ele tem para cada um uma palavra de estímulo. Certos domingos faziam uma verdadeira parada militar, e em desfile se dirigiam para a missa em outro local. Já havia quem se alarmasse, vendo tantos garotos juntos.

DB3  (5)

O Ministro Cavour pede a D. Bosco que dispense os jovens, pois eles poderão fugir ao seu controle. Bosco se nega a fazê-lo, alegando que eles não tem onde ficar. Como solução, o Ministro forma escolta de guardas, para garantir a segurança.

DB3  (6)

Sem querer, foi o próprio Dom Bosco que deu o pretexto para que se espalhasse o boato de que estava ficando louco. Para levantar o ânimo dos meninos que deviam mudar-se de um cemitério para um moinho, de uma pensão para um prado, Dom Bosco começou a contar-lhes seus sonhos. Falava de um oratório grande e espaçoso; de igrejas, casas, escolas, oficinas, rapazes aos milhares, padres à sua total disposição. Coisas todas que brigavam com a realidade precária de cada dia.

DB3  (17)

Os padres, colegas de Dom Bosco, começam a suspeitar que ele está sofrendo de perturbações mentais, pois suas palavras parecem fora da realidade. Um dia, convidam-no para um passeio, mas seu objetivo é levá-lo ao hospício.

DB3  (18)

Percebendo a intenção dos dois padres, D. Bosco faz com que eles entrem primeiro na carruagem, e em seguida ordena ao cocheiro que leve-os urgente ao manicômio. Assim, quem foi parar no hospício foram os outros dois, e não Dom Bosco.

DB3  (19)

D. Bosco começa a se defrontar com mais problemas: os donos do prado onde estavam reclamam que os garotos destruíram toda a plantação. Isso vai virar um deserto, diziam. Uma estrada de chão batido!  Tenha paciência, meu caro padre. Assim não dá. Dispensamos o pagamento do aluguel, mas devemos despedí-lo. Deram-lhe quinze dias para sair. Isso tudo entristece e preocupa o bom padre. “Ao cair da tarde desse dia, escreveu Dom Bosco, contemplei a multidão que brincava. Estava só, sem forças e com a saúde abalada. Afastando-me um pouco dali, pus-me a caminhar sozinho. Não pude reprimir as lágrimas e exclamei: “Meu Deus, dizei-me o que devo fazer”.

DB3  (7)

-”E agora, Senhor, para onde vamos? Pobres meninos, são levados e grosseiros! Mas são meninos, precisam brincar! Todos me obedecem, me querem muito. Senhor, ajudai-me! Nossa Senhora, mostrai-me o lugar do sonho!”

DB3  (8)

Neste momento chegou um homem gago, Pancrácio Soave, fabricante de soda e detergentes. Ele disse:

– é verdade que o senhor procura um lugar para fazer um laboratório?

– Um laboratório não, um oratório.

– Não sei qual a diferença. Mas o lugar existe. Venha vê-lo. É propriedade do Sr. Francisco Pinardi, pessoa honesta.

O lugar destinado para Dom Bosco era um telheiro. D. Bosco esteve a ponto de recusá-lo. D. Bosco alugou por um ano, pagando trezentas e vinte liras. Podia dispor do telheiro e da nesga de terreno ao lado, para o recreio dos meninos.

DB3  (9)

Fascinado, D. Bosco voltou correndo para os meninos e disse: “Novidades, meus filhos! Achamos o oratório! Teremos igreja, escola e pátio para pular e jogar. Domingo iremos para lá. É na casa Pinardi!

DB3  (10)

D. Bosco estava muito feliz, pois encontrara a casa de seus sonhos. É bem verdade que não era nenhum palácio, tinha até alguns problemas, mas ele sabia que seus jovens eram trabalhadores e logo tudo estaria em ordem.

DB3  (11)

E a turma toda começou a reforma geral com muito humor e entusiasmo. Afinal, estavam trabalhando na sua própria casa! A casa que Nossa Senhora disse que Bosco encontraria.

DB3  (12)

Depois de alguns dias de dedicado trabalho, o barracão era outra coisa. Foi transformado em capela. D. Bosco disse aos meninos que mais tarde eles teriam outra ainda maior que aquela.Colocou os castiçais, a cruz, a lâmpada e um pequeno quadro de São Francisco de Sales.

DB3  (13)

O dia 12 de abril de 1846 foi um grande dia: nessa manhã de Páscoa todos os sinos da cidade repicavam festivos. No telheiro Pinardi não havia sino. Mas o afeto de Dom Bosco chamava os rapazes para a “baixada” de Valdocco. Encheram toda a capela. Assistiram em silêncio a bênção da capela e a missa celebrada por Dom Bosco. Depois, apanhando as pressas o pãozinho costumeiro, espalharam-se pelos prados. E a alegria explodiu. Finalmente tinham uma casa só para eles!

DB3  (14)

D. Bosco ia cada vez mais desenvolvendo suas atividades. Era visto em andaimes e oficinas, para saber do comportamento de seus jovens, dos salários que percebiam, das horas de trabalho e da saúde de cada um. Tratava diretamente com os empregados a respeito dos interesses de ambas as partes.

DB3  (20)

Era incansável… Junto aos empreiteiros, procurava convencê-los a pagar um salário mais justo aos rapazes. E era quase impossível negar alguma coisa àquela pessoa tão educada e simpática! Ao final da conversa, ele ganhara mais um amigo.

DB3  (21)

Um dia, porém, o corpo cansado de Dom Bosco se rendeu ao trabalho. Foi no primeiro domingo de julho de 1846. Voltando para seu quarto, no Refúgio, Dom Bosco desmaia. Carregaram-no para a cama. “Tosse, inflamação violenta, golfadas de sangue pela boca”: palavras que, com toda a probabilidade, equivalem a “pleurite com febre alta, hemoptise”. Um complexo de gravíssimas enfermidades para aquele tempo. “Em poucos dias, fui julgado moribundo”. A notícia se espalha e os jovens rezam para que D. Bosco não morra. Oito dias ficou entre a vida e a morte.

DB3  (22)

Devido ao esgotamento, os médicos prescreveram uma longa convalescença, em repouso absoluto. Dom Bosco foi para os Becchi, à casa do seu irmão e de sua mãe. Mas prometeu aos meninos: pelo cair das folhas, aqui estarei novamente. Em meio a vocês.

DB3  (23)

Dias depois, D. Bosco vai até Becchi. Nas longas caminhadas solitárias, Dom Bosco construiu lentamente o seu projeto para o futuro imediato. Numa noite de outubro, convidou a sua mãe para ir passar uns tempos com ele. E sua mãe, preocupada com seu estado de saúde, resolve ir morar com ele. Ela despede-se com saudade de sua casa e ambos partem a pé para Turim no dia 3 de novembro de 1846.

DB3  (25)

No caminho, um padre, colega de D. Bosco, se alegra ao vê-lo com saúde. Bosco diz que agora está tudo bem, principalmente porque ficará ao lado da mãe. O colega então oferece a ele um relógio, como ajuda para seus meninos.

DB3  (26)

Chegando ao seu destino, Bosco mostra a sua mãe a casa Pinardi. Mamãe Margarida está muito alegre. Disse ao filho: nos Becchi, era todo o dia aquela luta para pôr ordem, limpar os móveis, lavar as panelas. Aqui poderei descansar um pouco mais. D. Bosco pregou na parede um crucifixo e uma pequena imagem de Nossa Senhora. E enquanto Margarida preparava alguma coisa para comer, ajeitou as camas para a noite. Juntos puseram-se a cantar. Um rapaz chamado Estevão Castagno ouviu-os cantar. E a notícia voou de boca em boca entre os jovens de Valdocco: – Dom Bosco voltou!

DB3  (27)

Agora, já recuperado, é carregado em triunfo pelo seu pessoal, numa alegria incontida e única. Seu orientador e amigo estava forte novamente, graças à Nossa Senhora. Isso aconteceu no domingo, dia 8 de novembro.

DB3  (24)

Numa noite de abril de 1847, D. Bosco fez a primeira experiência de acolher jovens no palheiro da casa Pinardi. Colocou meia dúzia de rapazes. Decepção. Na manhã, os hóspedes haviam sumido, levando as cobertas que Mamãe Margarida lhes tinha emprestado.

DB3  (28)

Noite de maio. Chove a cântaros. Dom Bosco e sua mãe acabam de jantar. Alguém bate no portão. É um rapaz molhado, enregelado, de uns 15 anos.

– Sou órfão. Venho de Valsésia. Trabalho de pedreiro, mas ainda não achei emprego. Estou com frio e não sei para onde ir…

– Entre – diz D. Bosco – ponha-se ali perto do fogo. Molhado como está, vai ficar doente. Enquanto se aquece e enxuga a roupa, Mamãe Margarida prepara alguma coisa para comer. Segue-se um diálogo. Depois colocam-no para dormir. Mamãe Margarida fez-lhe algumas recomendações sobre a necessidade do trabalho, da honradez e da religião. Os salesianos viram, carinhosamente, nesse “sermãozinho” de Mamãe Margarida a primeira “boa-noite” com que se costumam concluir as atividades do dia nas casas salesianas e que D. Bosco julgava ser “a chave da moralidade, do bom andamento e do bom êxito da educação”. O 2º interno foi um jovem de classe média, que tinha perdido o pai e a mãe.

DB3  (29)

O terceiro foi José Buzetti. Depois, ao visitar os doentes, no hospital, Bosco encontra um jovem que caíra de um andaime. Sem esperanças de voltar a trabalhar, ele se desespera. D. Bosco resolve o problema, levando-o também para morar com os outros meninos.

DB3  (32)

Qualquer local é bom para D. Bosco se interessar pelos jovens. Na barbearia, deixa-se barbear por um aprendiz, (Carlos Gastini) para dar-lhe mais confiança e entusiasmo. O rapaz conta que sua mãe está no interior, doente.

DB3  (30)

Dias mais tarde, os dois novamente se encontram e o jovem barbeiro conta que sua mãe faleceu. Com a bondade que o caracterizava, D. Bosco leva o rapaz para morar com os outros.

DB3  (31)

A guerra que assolava a Itália deixava para trás muitos órfãos e abandonados. Buscando ajuda de famílias ricas, D. Bosco conseguiu aumentar o espaço para abrigar os necessitados.

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E assim, pouco a pouco ele ia introduzindo a cultura e a humildade entre a rapaziada. Sua boa-vontade era ilimitada.

DB3  (34)

Depois de alguns anos, D. Bosco era conhecido por todos em Turim. Já não havia mais espaço para abrigar todos os jovens necessitados. E ele resolve então que os de Porta Nova terão uma sede própria, lá mesmo.

DB3  (35)

O Arcebispo de Turim, Marquês Luís Fransoni (1789-1862) visitou pela primeira vez o Oratório no dia 21 de junho de 1847, para administrar a Confirmação. “Foi nessa ocasião, relembra Dom Bosco, que o Arcebispo, ao receber a mitra na cabeça, esqueceu que não estava na catedral: levantou um tanto apressado a cabeça e bateu com ela no teto da capela. Rimos todos: ele e os presentes”. Dom Fransoni sussurrou: ‘É preciso respeitar os meninos de Dom Bosco e falar-lhes com cabeça descoberta”.

DB3  (15)

Em 1851, jovens crescidos aos cuidados de Bosco tornam-se seminaristas, para depois ajudá-lo no trabalho de assistência aos que precisam. Mais tarde muitos mais seguiriam o mesmo caminho.

DB3  (36)

Ao mesmo tempo outros ajudavam a Dom Bosco no setor profissional.

-”Um dia terei, entre os meus sócios de trabalho juvenil, mestres de mecânica, tipografia e muitos outros ofícios”.

DB3  (37)

Em junho de 1852 D. Bosco inaugurou a nova igreja que tinha construído ao lado da Casa Pinardi. Era dedicada a São Francisco de Sales. No dia 2 de dezembro de 1852 o edifício que estava sendo construído na ala leste da casa de Dom Bosco, visando ampliar sua Obra desmoronou. Neste ano eram 100 os meninos residentes.

DB3  (38)

Um dia, durante o café da manhã, acabaram-se o pão e as frutas. D. Bosco, então, viu-se obrigado a servir castanhas aos jovens. Não eram muitas, mas foram suficientes para todos. E pela primeira vez, quem sabe, naquela tarde, os meninos, com as mãos cheias de pobres castanhas, gritaram: “Dom Bosco é um santo!”

DB3  (39)

“Agradeço a Deus a felicidade de estar ao seu lado, trabalhando pelos nossos filhos. Mas não sei até quando.” disse Mamãe Margarida, numa das noites em que se encontravam juntos. Dom Bosco escrevendo e Margarida consertando e remendando as roupas dos meninos do Oratório.

-”Mamãe, enquanto houver meninos abandonados quero dar minha vida por eles. Depois, outros continuarão nosso trabalho.”

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